05/04/2011

Veneno na Panela



II Reis 4.38-41
Em toda a historia da Igreja cristã sempre existiu aqueles que ensinaram mentiras em forma de verdade para confundir o povo de Deus. No Antigo Testamento também não foi diferente, os falsos profetas sempre tentavam desvirtuar o povo eleito por Deus. Isto me faz lembrar da historia de Eliseu em Gilbal, quando percebeu que os filhos de profetas estavam com fome, pois naqueles dias existia uma grande fome, pediu ao seu moço para fazer um caldo de verduras de uma possível trepadeira silvestre para seus amigos. O jovem se confundiu com a variedade comestível e acabou colhendo pepinos bravos, ou abóboras ovais com gosto amargo que, produziam cólicas e violenta diarréia. O conhecido gosto amargo advertiu-os e pararam de comer. Eliseu jogou farinha na mesma panela com aquela comida contaminada e assim demonstrou o poder de Deus para remover o mal. Pela fé o Senhor pode remover o mal que há em nós.

Trazendo isto para o plano espiritual, isto nos mostra que devemos ter cuidado com comida que aos olhos são boas. Deve-se ter um critério Bíblico para não morrermos espiritualmente. Na Igreja atual existem muitos expositores que parecem trazer “comida boa”, mas são venenosas e mordazes à alma.
Por toda a história da teologia cristã, é observado que a filosofia e a teologia são parceiras de diálogo aparentemente inseparáveis. Um modelo de teologia contemporânea que é liberal e afirmativo quanto à mistura de um pouco de filosofia na teologia é a teologia do processo.

A teologia do processo representa a tentativa de alguns pensadores cristãos contemporâneos de reconstruir a doutrina de Deus e toda a teologia cristã, para harmonizá-la melhor com as crenças modernas sobre a natureza do mundo. Os pensadores do processo partem da pressuposição prática de que a teologia cristã deve ser revisada e atualizada em cada nova cultura, à luz de seus interesses, questões e dúvidas específicas.
Os teólogos do processo acreditam que é necessária uma nova filosofia que faça o pensamento cristão moderno deixar para trás a metafísica ultrapassada da perfeição perpétua e imutável e que reconstrua a teologia de tal modo que seja viável neste mundo moderno em que o “tornar-se” é mais importante do que o “ser”. Eles encontraram essa filosofia nova no pensamento de Alfred North Whitehead (1861-1947) um matemático britânico, que passou da matemática para a filosofia especulativa quando deixou sua terra natal na Inglaterra a fim de lecionar na Universidade de Harvard em 1924.

Ele explana uma filosofia complexa e define deus como o grande principio organizador cósmico. Deus cria o mundo, ao unificá-lo dentro do possível. Entretanto, na filosofia religiosa de Whitehead, Deus não é onipotente nem eterno. Ele argumenta sobre os pólos de Deus, físico ou mental, retratando um pensamento que parece não chegar à lugar nenhum.
Whitehead não era cristão no sentido formal da palavra. Sua religião era uma religião natural ditada por sua filosofia. Mas muitos pensadores cristãos liberais encontraram algo de valor em sua filosofia para a reconstrução da doutrina cristã à luz dos conhecimentos modernos. Os que procuravam relacionar a teologia cristã com a filosofia de Whitehead foram chamados de teólogos do processo e, na década de 1970, esse grupo aumentou.

A faculdade de Pós-Graduação Teológica de Claremont ( na Califórnia) vinculada à Igreja Metodista Unida, tornou-se um centro de teologia do processo. O fomentador protestante mais articulado da teologia do processo, da década de 1960 até o começo da década de 1990, foi John Cobb Jr. ( nascido em 1925), ministro da Igreja Metodista Unida e filho de missionários.
Todos os teólogos de processo, inclusive John Cobb, queriam afastar a teologia cristã do teísmo cristão clássico, conforme desenvolvido na igreja primitiva e medieval. Segundo esta teologia, Deus nunca interrompe a ordem natural dos acontecimentos, nem força qualquer coisa a acontecer de modo contrário à natureza ou ao livre-arbítrio. Ele nem sequer pode conhecer o futuro em cada detalhe com absoluta certeza, porque os detalhes só podem ser “preenchidos” pelas decisões livres das entidades reais que ainda nem existem. A teologia do processo é um modelo especifico do século XX da teologia protestante liberal.

O atrativo desta teologia parece estar na solução que oferece para o problema do mal e do sofrimento dos inocentes. Os teólogos do processo descansaram em suas explicações sobre a problemática do mal, quando explicaram que o holocausto e o sofrimento de inocentes era um fato que Deus não poderia interferir, pois não podia. Encontraram consolo e refúgio no conceito de Whitehead sobre Deus como um “companheiro no sofrimento que compreende” que não pode obrigar as entidades reais ou as sociedades delas a praticar o bem e não o mal. Outros pormenores desta teologia mostram que o Deus do processo não criou o mundo no princípio. O mundo seria o “corpo” de Deus e Deus é a “alma” ou “mente” do mundo, e os dois (corpo e alma) são eternamente inseparáveis e interdependentes. Além disso, segundo a teologia do processo, não existe nenhuma garantia e nem motivo para crer que Deus vencerá em um futuro distante a intransigência da resistência à sua visão do bem. Nada nos impede de supor que o futuro consistirá em nada mais do que exatamente a mesma coisa.

Conclusão Nos anos de 1970 e 1980 houve debates calorosos para decidir se esta teologia poderia ser considerada cristã, o que infelizmente não conseguiram. Este ensino, do meu ponto de vista é pernicioso e herético. Infelizmente é ensinado em alguns seminários protestantes liberais, mas como sou e pretendo ser até o ultimo dia de minha vida, um cristão conservador, não a considero cristã.

Em nosso país, ainda não temos idéia de quanto mal fez este ensino, ainda. É uma teologia quase que desconhecida no Brasil, porém devemos notar que ministros influentes poderão ser contaminados por este ensino nos próximos anos que se seguem. Já tenho observado que alguns escritos cristãos estão apontando o pastor Ricardo Gondim como um apreciador de uma teologia filha da teologia do processo, Teologia Relacional. O Rev. Franklin Ferreira tem uma opinião sobre o que estaria acontecendo com o conhecido teólogo Ricardo Gondim: “ O que deve ser dito é que esta questão não é um confronto entre Calvisnimo e Arminianismo, como parece ser. Em vários textos do Pr. Gondim, ele defende o que ele chama de teologia relacional. Vários destes textos estavam em seu blog ( sugestivamente chamado de “outro deus”) e em seu site oficial, mas foram retirados do ar ( como o texto intitulado “Espiritualidade cristã e uma teologia relacional”).

Inclusive no site do Pr. Gondim havia recomendações das obras de Clark Pinnock, que também foram retiradas do ar. Na verdade, “teologia relacional” é um “eufemismo” para o movimento chamado nos Estados Unidos de “free will theism” ou “openess god”. Este movimento surgiu em meados da década de 90 ( influenciado pela teologia do processo), liberado por teólogos como Clark Pinnock ( Batista), John Sanders (Metodista) e Gregory Boyd ( independente). Em síntese, estes autores defendem uma re-interpretação da doutrina clássica de Deus. A ênfase deles é que Deus é relacional. Já que Deus é relacional. ( http://www.teologiabrasileira.com.br/matria.asp?MaterialD=238”).

No momento, não quero me pronunciar sobre as declarações do teólogo Ricardo Gondim, principalmente por ainda não dispor em mãos de algum escrito seu sobre o assunto. Acredito que o tempo mostrará de fato o que está em seu coração, mas creio que ele deve estar aberto ao dialogo, para seu próprio bem e reputação. Eu mesmo tenho uma grande admiração por sua pessoa, porém devemos saber que ninguém - nem a minha pessoa - está isento de abraçar algum tipo de heresia. Devemos ser escaranfunchados ao lermos todo tipo de livros para não nos influenciarmos para algum desvio das Escrituras. O que observei no ano passado quando consultava seu Site foi que, na seção que ele apresentava os livros lidos durante os anos, boa parte não eram de Teologia Clássica e sim Livros Seculares, o que deve ser observado pelo referido teólogo, com mais sobressalto, para não ter problemas em sua vida espiritual. Não que seja errôneo ler livros seculares, mas ao meio de tanta filosofia, todo cuidado é pouco.

Acredito que devemos orar por seu ministério e por sua vida, pois o Brasil não dispõe de muitos teólogos ortodoxos de renome, e se os poucos que irão deixar seu legado começarem a desaparecer, o que será da Igreja e Teologia Brasileira?
Finalizo concordando com o grande reformador que disse:
"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir." (Martinho Lutero)

Por Marcos Lopez 5/4/11

1 comentários:

é irmão marcos,o veneno da panela de elizeu bastou um punhado de farinha para estanca-lo mas hoje necessitariamos de muita farinha pra todo um povo que se envenena dia apois dia!.

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